Eu ouvi falar de Taylor Jenkins Reid com o hype do seu romance “Os sete maridos de Evelyn Hugo”. Por falta de oportunidade acabei não lendo, mas no anúncio do Clube do Livro da Marina, a indicação foi outro título da mesma autora e peguei o ebook em promoção. Assim, surgiu a oportunidade de tentar entender os motivos pela bienal do livro ter chamado seus romances de “jornadas épicas“.
Sinopse
Os quatro filhos de Mick Riva são conhecidos e admirados por toda Malibu. Mas não só pelo pai famoso. A cada ano os quatro dão uma festa épica para comemorar o fim do verão — e a de 1983 promete. Ela dura apenas algumas horas, mas é suficiente para mudar a vida deles para sempre.
Malibu, agosto de 1983. É o dia da festa anual de Nina Riva, e todos anseiam pelo cair da noite e por toda a emoção que ela promete trazer.
A pessoa menos interessada no evento é Nina, que nunca gostou de ser o centro das atenções e acabou de ter o fim do relacionamento com um tenista profissional totalmente explorado pela mídia. Talvez Hud também esteja tenso, pois precisa admitir para o irmão algo que tem mantido em segredo por tempo demais, e parece que esse é o momento. Jay está contando os minutos, pois não vê a hora de encontrar uma menina que não sai de sua cabeça. E Kit também tem seus segredos — e convidados — especiais.
Resenha
*Como é uma resenha, pode conter spoilers (dependendo do seu ponto de vista), mas eu sempre procuro evitar contar momentos importantes da história.
Não sei como são os outros livros, mas esse livro mistura momentos presentes – em uma festa – e flashbacks que contextualizam a história dos personagens principais. Porém, ao longo da narrativa da festa, a autora “joga” nomes, backgrounds, características de personagens absolutamente irrelevantes – mas essa é uma sacada muito interessante: se você está em uma festa, vai conversar ou cruzar com todo o tipo de gente, vai ter esse “barulho” e ela leva esse ruído para as páginas ao longo do livro. A intenção é contar pequenas histórias sem que você crie a conexão com os personagens. Exatamente como estar em uma festa lotada.
Os personagens e locais são bem descritos, é possível se inserir mentalmente na paisagem e visualizar o que eles estão fazendo. Além disso, há um esporte citado ao longo do livro e foi interessante buscar e entender quais as “manobras” que são descritas pela autora, adoro quando aprendo algum tipo de curiosidade desse tipo – é inútil e não vai mudar nada na minha vida, exceto se em algum momento eu for conversar com alguém sobre esporte, o que, no meu trabalho, sempre pode acontecer. Também gostei que ela situa os locais, descreve, mas não entra em minúcias que deixariam a narrativa arrastada. Ao contrário, é tudo bem prático, direto ao ponto e com sentido – ainda que nem sempre você possa enxergá-lo de cara, acredite, em algum momento vai fazer sentido.
O livro é bom. Não é um romance YA ou chicklit que povoam as prateleiras de ebook gratuitos e bancas de jornais e que eu também gosto, diga-se. É um livro bem consistente, com uma linguagem direta e com uma narrativa envolvente. É o melhor livro que já li na vida? Não, mas é gostoso. Não vi como um romance de aprendizados profundos e frases metafóricas de efeito, nem espere por isso, mas ao longo do livro é possível ver como a autora explora várias camadas de cada um dos personagens e como a construção é amarrada. Eu gosto de começo, meio e fim, gosto de livros sem repetições de palavras, com um vocabulário que não é rebuscado, mas que não é medíocre e, principalmente, gosto de histórias consistentes. Esse livro entrega isso e considero uma boa porta de entrada para romances mais complexos.
Se você gostou dessa resenha, pode adquirir o livro no link acima e deixar um comentário por aqui – vou adorar saber o que você achou.
Photo by Lauren Richmond on Unsplash
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