Depois de 5 anos de distância, revi ontem minha melhor amiga. Foi engraçado porque parece que nos vimos semana passada, porque essa é a diferença entre ser e estar presente: somos tão presentes na vida uma da outra todos os dias, que estar presente ao vivo é mera questão de física do deslocamento.
Ela mora em outro país, portanto nos vermos é uma ocasião realmente especial. Eu iria para o casamento dela, mas o falecimento do meu pai acabou com a minha vida financeira pelo menos pelo próximo ano. Vamos nos ver no outono de lá, que é lindo, segundo ela. Talvez a gente visite alguns lugares turísticos ou não faça nada e só fique no sofá da casa dela, porque o importante não é onde, é estarmos juntos.
Ela trouxe presentes pro meu filho da personagem favorita dele, a Bluey. Ele passou a noite abraçado com a nova pelúcia. Ela me trouxe uma blusa de moleton e dormi vestindo ela, mesmo que não seja um pijama. Os presentes são legais, claro, mas a presença é ainda mais importante. Ela foi a primeira pessoa que me perguntou como eu estava espiritualmente depois do falecimento do meu pai.
Ver minha melhor amiga acendeu essa necessidade de presença. Eu preciso ser mais dedicada e presente a ela – e outras pessoas muito queridas. Preciso ir, presentear, lembrar. Não são tantas pessoas assim, mas são as mais importantes porque elas estarão sempre comigo.
Vou levar minha amiga pra tomar café e comer pão de queijo essa semana. Vou fazer doce de banana e bolo de cenoura. Talvez eu convença ela a ir na manicure comigo, porque é algo que a gente fazia juntas. Mas o mais importante é que vamos fofocar conversar muito e nos apoiar também, porque é isso que melhores amigas fazem. Vai ser bom, porque seremos nós. E logo eu estarei lá pra gente fazer isso de novo.
Imagem: foto de Womanizer Toys na Unsplash
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