Resolvi colocar novamente uma meta de leituras, como fiz em 2019. Naquele ano, que parece ter sido no século passado, li 20 livros, o que consiste em um pouco mais de um livro por mês e em 2020 tentei colocar a meta de 24 livros, mas mal consegui seguir por causa da pandemia – minha cabeça pirou um pouco, mas também não tinha meus “horários de leitura” que eu costumava ter – no transporte público e no meu horário de almoço – e aí fiquei perdida. Esse ano, coloquei um abajur do lado da cama e deixei meu kindle ali, aí sempre leio antes de dormir e, a partir do momento em que estabeleci esse novo “momento de leitura”, voltei a conseguir ler efetivamente.
Entre o finalzinho de dezembro e hoje, 17/2, já li 3 livros. Mudança bem positiva!
O primeiro livro que li foi a primeira parte da Trilogia das Almas, estreia da escritora Deborah Harkness, chamado “A Descoberta das Bruxas”. O livro traz um romance proibido moderno entre uma bruxa e um vampiro. A escrita é fluída, alguns personagens são bem cativantes, principalmente “a casa” e as “tias” da personagem principal, mas o romance não me convenceu muito, porém deixei os outros dois livros da trilogia na minha wishlist. A título de curiosidade, os títulos dos outros livros são “Sombra da Noite” e “O Livro da Vida”. A história também virou uma série e está disponível no Globo Play – esse ainda não é um serviço de streaming que assino, porque estou com algumas séries e filmes engatilhados que quero assistir em outros serviços no momento, mas no futuro pretendo testar também.
O segundo livro foi “9 de Novembro”, da Colleen Hoover. Nunca tinha lido nenhum livro da autora, gostei da premissa da história, mas alguns aspectos me incomodaram e já coloquei um alertinha vermelho, porque tinha outros livros dela na minha wishlist e agora não sei mais se quero ler. A história é Young Adult na vibe “garoto encontra garota”, ela é uma garota com marcas de queimadura e ele é um cara que “salva” ela de um encontro desastroso com seu pai. A partir dali, eles decidem se encontrar uma vez por ano, sempre no mesmo dia 9 de novembro. Eu gostei da premissa da história e da ideia de ver os dois lados da história o tempo inteiro, pela visão dela e pela visão dele. Porém, não gostei do desenvolvimento do personagem masculino, ele se mostra muito “canastrão” em diversos momentos e também precisava de uma boa aula sobre consentimento. Ainda que o romance explore os aspectos do crescimento e amadurecimento deles, não sei se gostei do desenrolar do final da história. Enfim, só você lendo para saber, né?
O terceiro livro foi “Flores para Algernon” de Daniel Keyes. O livro é de 1966, então é importante que fique contextualizada a época em que foi escrito. Dito isso, é um livro que, em 2021, me parece ser capacitista. Porém, é um excelente livro de ficção científica, muito bem escrito e desenvolvido. A história é narrada em primeira pessoa por Charlie Gordon por meio de seus “relatórios de progresso”, onde ele conta sobre a operação que fará e o deixará “inteligente” – Charlie possui 68 de QI, o que caracterizaria uma deficiência intelectual. O livro traz as impressões, memórias e evolução do personagem como pessoa e entre suas relações com outras pessoas. Ainda que seja uma ficção, há uma delicadeza na escrita que faz com que a empatia com o personagem seja imediata – inclusive depois, quando ele se torna uma pessoa bem diferente, é possível compreender bem o porquê. Adorei esse livro e me emocionei demais com o final.
“A Descoberta das Bruxas” e “Flores para Algernon” foram livros gratuitos na minha assinatura da Amazon Prime, que me dá direito ao serviço chamado de Prime Reading, onde você “aluga” os ebooks e eles ficam no seu dispositivo até você devolver – há um número limitado de livros que você pode baixar com esse serviço.
Ler tem me feito muito bem, principalmente nessa dinâmica antes de dormir, porque tenho tido um sono muito melhor. Agora, eu só quero começar a ir para a cama mais cedo, para ler mais hahaha.
Livros citados nesse post
Photo by Aliis Sinisalu on Unsplash
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